quarta-feira, 5 de agosto de 2009


“Ninguém me disse que chegaria o dia que o meu cansaço seria de viver não pelo que já passou, mas sim viver o que virá”.
Em março de 1995 eu vi uma amiga passar mal por causa de bebida quando tentava comemorar o aniversário dela. Naquela noite, com 34 anos de idade, depois de conviver com algumas experiências com saídas, voltas e revoltas dos vícios, decidi me liberar do consumo de bebidas e refrigerantes.
De um jeito que não sei explicar concluí que Coca-Cola é um coadjuvante do álcool. Na continuidade desse processo, depois de mais alguns anos larguei o vício do cigarro, que eu mantinha por vinte anos e, finalmente mudei, em 2001, a minha alimentação excluindo da minha dieta o consumo de carne, toda carne, ou seja, tudo que me olha enquanto ser vivo.
Agora em agosto de 2009, vivendo uma crise depressiva causada pelo “trauma” da volta da experiência de dois meses na Europa e Inglaterra, depois de passar mais de cinco meses “meio” perdido nesta realidade subdesenvolvida (socialmente injusta) da cidade de Porto Alegre, que já tentei amar e que hoje em dia pouco consigo contemplar, senti a necessidade urgente de voltar a me encantar, nem que seja pelas dores das calçadas, cinzas e sujas que fui aprendendo a evitar. Dessa necessidade e vontade de sair do sedentarismo que me gruda à cama e à televisão surgiu o projeto pessoal de trabalho que estou criando, e resumindo, será o retrato do meu processo de melhora.
Trata-se de um diário de imagens.
Está prevista a minha saída pela manhã de amanhã, e a disposição é de caminhar até a Redenção, fotografando imagens que correspondam ao estado de espírito em que me encontrar. Quero caminhar por mais ou menos uma hora e na semana realizar pelo menos três passeios. A idéia é criar repertório de imagens diferentes em cada atividade. E publicá-los em um blog.
“É importante atentar para o que é preciso manter em resguardo. Trata-se da distancia a manter dos elementos nocivos a minha paz espiritual, pois junto aos vícios que pude vencer estão pessoas a exercerem convivências viciosas e querendo minar as minhas defesas existências. Essas influências são danosas, tem de permanecer anuladas”.