terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

COM QUE ROUPA







Terça-feira, 03 de fevereiro de 09
Da Berlinale

Com que roupa?
Berlin está às vésperas de seu maior evento de cinema. O mundo todo também. A cidade mostra a expectativa nos “backlights” espalhados nas calçadas, no chão das estações de trem e metrô, nas bandeiras que se vão hasteando pelas ruas, em especial na praça do obelisco imortalizado no cinema em “Tão Longe tão Perto”. Nas fachadas dos cinemas, dependurados, imensos panos vermelhos estampados com o urso avisam do que está por vir neste próximo dia 5. Além do urso, Penélope Cruz é a cara da Berlinale, versão publicidade L’Oreal . Ontem as 10 e quinze da noite o Kino International realizou seu MONGAY- mistura de Montag (segunda-feira em alemão) com Gay (gay em inglês). Pudemos assistir: filmes em projeção digital e palestrante concreto (não digital). Sentados em cadeiras tipo diretor vermelhas bebendo vinho, cerveja, para quem gosta e quer gastar no bar dentro do cinema. Sob a luz colorida de holofotes. Eu levei suco de laranja e sentei no chão, pois estava lotado. O primeiro vídeo-documentário é de Israel e trata da vida noturna gay de lá. Pausa, para o comentarista da Berlinale, indicar filmes interessantes e depois um vídeo mostrando a iniciação sexual de um jovem, falado em inglês, mas com sotaque latino. No kino International apanhei a revista com a programação que, pode imaginar, é extensa nos seus dez dias de acontecimento. O filme da abertura promete violência: The Internacional, com o lindo Clive Owen. Por que será que imagino uma temática do tipo O Corte, de Costa-Gravas? Acho que porque os americanos re-filmam acreditando que estão realizando a história original... Mágoas latino-americanas à parte, eu vejo Garapa, de José Padilha como filme representante do idioma português. As celebridades devem aterrissar no dia 5 e eu estarei decolando rumo à Paris levando minha bolsa vermelha que comprei como a Offizielle Berlinale Tasche. Cheguei quase nove da noite na Potsdamer Platz Arkaden, que é um assunto à parte sobre o luxo desta cidade encantadora. O quiosque fechando, mas descolei o item. Ainda, saí antes do final do MONGAY achando que perderia o trem de volta para Nikolassee. Na verdade poderia ter ficado mais uma hora. E teria valido cada minuto.

Um comentário:

Janice Martins Appel disse...

que bicicleta linda....muito lindo !